A integração e o envolvimento da criança em um projeto coletivo

25/01/2012

Ao ingressar no projeto, a criança chega até nós com problemas afetivos, psicológicos, morais, fisicos de toda a ordem – crianças abusadas sexualmente, com problemas de drogas, espancadas, com fome, abandonadas;

Era preciso retomar a confiança, a auto-estima e fazê-las acreditar que o mundo não era apenas as dores que elas haviam vivido. Era necessário retomar um processo de construção de uma nova ética social e individual, devolvendo a possibilidade de dignidade para as crianças. Em alguns casos, recebíamos a ajuda de psicólogas, mas o clima do projeto, a atenção dos professores e voluntários, o afeto e os cuidados que coletivamente eram construidos e repartidos era sempre mais eficaz.

Em tudo que a rua dissesse NÃO, o projeto diria SIM. E esta diferença é que fazia a diferença para a criança. Ao ser respeitada, ela aprendia o respeito; ao ser amada, aprendia o amor, ao dividir aprendia a dar e ao dar, aprendia a receber. Nunca tivemos problemas de violência entre os alunos, de furto, de drogas, de abusos de nenhuma ordem. Dentro do projeto as pessoas eram respeitadas por serem seres humanos e isto bastava.