Missão Abaquar

25/01/2012

Nosso objetivo principal é AJUDAR os projetos de desenvolvimento já existentes no Brasil e criar novos projetos de desenvolvimento beneficiando crianças que se encontram em situação desfavorecida.

• Desejamos também aprofundar as TROCAS INTERCULTURAIS franco-brasileiras através da criação de ateliers, capoeira, cozinha brasileira, etc.

• E finalmente, SENSIBILIZAR e INFORMAR o público sobre o trabalho realizado pela Abaquar.

Resgate da Cidadania

25/01/2012

O objetivo da educação de rua é viabilizar o acesso à cidadania para as crianças e adolescentes procedentes das camadas mais modestas da população.

O objetivo principal dos nossos projetos é o respeito ao outro e a si mesmo. Trata-se sobretudo de ajudar a reconstruir nestas crianças uma dignidade frequentemente perdida a partir dos primeiros momentos da sua vida.

Processo de inserção sócio-profissional

25/01/2012

Ao tomar parte de um projeto a criança se sente pertencente a uma idéia, a um conjunto, a um grupo que executa tarefas e experimenta açoes coletivamente; a criança sente-se acolhida em um grupo, parte de uma intenção. Assim, ao ingressar no projeto, temos a preocupaçao de explicar à criança o objetivo deste, o funcionamento, e quais serão suas possibilidades e limites. Com este processo a criança sente-se pertencente e responsável dentro de um coletivo. Para quem vive na exclusão, na indiferença, no abandono, sentindo-se incapaz e inferior em relação ao resto do mundo, este processo de sentir-se dentro de uma idéia é parte de um sonho e é efetivamente uma diferença que passa a construir a vida da criança.

A reconstrução da personalidade da criança

25/01/2012

Como as oficinas eram opçoes dos alunos, cada um poderia escolher quantas quisesse cursar e em que momentos, desde uma vez que aconteciam mais que uma vez por semana, era, no entanto, necessario respeitar algumas regras:
- zelar pelo material das oficinas pois tudo era de todos,
- frequentar as oficinas e justificar sua ausencia ( a justificativa era importante porque nao tinha o intuito de cobrar a presença, mas de fazer com que a criança sentisse que alguem esperava por ela nas aulas e sentia sua falta)
- respeitar o trabalho dos oficineiros, dos voluntarios e dos colegas – buscar auxiliar, colaborar, trazer suas opinioes e palpites – retomar um processo de participaçao e de coletivizaçao que estavam perdidos nas crianças,
- respeitar os horarios, combinaçoes e regras que fossem coletivamente discutidas. Todos tinham direito d eopinar e participar, mas uma vez coletivamente discutido, todos teriam que obedecer.
- As crianças poderiam entrar e sair das oficinas durante o ano, porem, deveriam justificar este procedimento para a professora e o grupo ao qual pertencia; nao era feito chamadas, nem avaliaçoes, nem filas. Aos poucos as criaças iam aprendendo com as outras crianças, como melhor encaminhar as aulas e trabalhos em cada oficina.

A integração e o envolvimento da criança em um projeto coletivo

25/01/2012

Ao ingressar no projeto, a criança chega até nós com problemas afetivos, psicológicos, morais, fisicos de toda a ordem – crianças abusadas sexualmente, com problemas de drogas, espancadas, com fome, abandonadas;

Era preciso retomar a confiança, a auto-estima e fazê-las acreditar que o mundo não era apenas as dores que elas haviam vivido. Era necessário retomar um processo de construção de uma nova ética social e individual, devolvendo a possibilidade de dignidade para as crianças. Em alguns casos, recebíamos a ajuda de psicólogas, mas o clima do projeto, a atenção dos professores e voluntários, o afeto e os cuidados que coletivamente eram construidos e repartidos era sempre mais eficaz.

Em tudo que a rua dissesse NÃO, o projeto diria SIM. E esta diferença é que fazia a diferença para a criança. Ao ser respeitada, ela aprendia o respeito; ao ser amada, aprendia o amor, ao dividir aprendia a dar e ao dar, aprendia a receber. Nunca tivemos problemas de violência entre os alunos, de furto, de drogas, de abusos de nenhuma ordem. Dentro do projeto as pessoas eram respeitadas por serem seres humanos e isto bastava.